Desde seus primórdios, o Islã sempre foi uma religião expansionista, atuando em duas frentes, a saber: a expansão mediante a espada, caracterizada pelo domínio e subjugação de populações inteiras por meio da jihad (guerra santa ou guerra em nome de Allah); e a expansão pela islamização, através do investimento em ações de convencimento em massa e conversão de sociedades não islâmicas. Mas, o objetivo dessa expansão sempre foi um só: estabelecer o KHILAFAH (Califado universal ou Estado Islâmico) por meio da implementação da Sharia (conjunto de leis de cunho religioso islâmico).

Maomé – o autodenominado profeta fundador do Islã – foi, de fato, um grande líder religioso, político e militar. Mesmo pregando a paz e a unidade, liderou durante sua vida aproximadamente 27 campanhas militares e planejou cerca de outras 64, conforme relatam as próprias fontes islâmicas sobre a vida e obra do profeta.

Por sua vez, o legado deixado por Maomé transformou-se em fonte de inspiração para seus seguidores, que rapidamente expandiram o islamismo. Os muçulmanos viam-se como agentes da jihad, empenhados em combater os opositores e levar o Islã até os confins da Terra. Primeiro veio a consolidação da própria Arábia e, em seguida, o domínio da Síria, Palestina, Armênia, Pérsia e Egito. Esse primeiro grande surto de expansão islâmica ocorreu sob a liderança dos quatro grandes sucessores de Maomé – os chamados Califas –, e se deu principalmente pela espada.

De fato, muitos creram de boa fé na mensagem propagada por Maomé e seus seguidores, convertendo-se ao Islã. Por outro lado, é inequívoco que, durante o processo de expansão, muitas cidades foram cercadas e seus habitantes obrigados a se converterem, sob pena de morte ou de serem considerados cidadãos de segunda classe e pagarem altos impostos em virtude disso. Obviamente, as populações cristãs que, em muitos daqueles lugares, eram a maioria, foram dizimadas. Outros cristãos, por não saberem e não terem convicção necessária para defender sua fé e permanecer firmes, foram islamizadas.

Nos séculos seguintes, os “seguidores de Allah” continuaram sua expansão até o continente africano, que foi praticamente todo convertido ao Islã. Ainda hoje, os muçulmanos representam 90% da população no norte desse continente, da Mauritânia ao Egito. Por fim, os muçulmanos continuaram sua campanha expansionista até a Europa, onde conseguiram o domínio de alguns territórios ao sul do continente. Essa expansão só não foi maior porque os muçulmanos foram vencidos, na Península Ibérica, por Carlos Martel.

Porém, os muçulmanos nunca se deram por vencidos e, ainda nos dias atuais, têm como foco expandir o Islã, não apenas para as fronteiras da Europa, ainda não conquistadas, mas para todo o mundo ocidental ainda não islamizado. As frentes para esta conquista ainda continuam as mesmas: a expansão pela espada e pela atuação dos “missionários” islâmicos. Os atentados de 11 de setembro de 2001, perpetrados pela AL QAEDA, são um exemplo disso.

Contudo, essa não é a única evidência de que muitos militantes muçulmanos ainda pretendem expandir o Islã pela jihad. Muitos outros atentados violentos têm sido empreendidos, demonstrando claramente essa faceta da expansão islâmica. Em 14 de abril de 2014, homens do Boko Haram, outro grupo jihadista, invadiram uma escola em Chibok, na Nigéria, e 276 estudantes foram sequestradas. Em 15 de fevereiro de 2015, o famoso grupo terrorista, Estado Islâmico, mostrou ao mundo as chocantes imagens da decapitação de 21 cristãos, no Egito. Em 26 de junho deste mesmo ano, 39 pessoas foram mortas por um ataque praticado por radicais islâmicos na Tunísia. Esses são apenas alguns exemplos da expansão pela espada.

Porém, na verdade, a maior expansão do Islã em nossos dias se deve ao forte investimento na islamização. As Madrassas (escolas islâmicas) ensinam o Alcorão aos alunos, durante oito horas por dia, por oito anos, para que eles estejam aptos a disseminar o Islã. Somente no Paquistão, 200 mil estudantes são treinados, a cada ano, para islamizar não-muçulmanos. Como resultado desse constante esforço, temos milhares de missionários mulçumanos sendo enviados ao ocidente. Literatura islâmica invade nossos países, mesquitas são levantadas todos os dias e escolas islâmicas construídas.

Países e instituições mulçumanas têm investido assustadoramente na islamização do ocidente e em tornar o Islã a religião global. Na Europa, por exemplo, os muçulmanos construíram mais de 6 mil mesquitas nos últimos 20 anos e fundaram mais de 6 mil organizações sem fins lucrativos. Nos últimos 30 anos, a Arábia Saudita investiu 87 bilhões de dólares na expansão do Islã no Ocidente. Assim, entre os fatores de crescimento do Islã, atualmente estão: imigração, taxa de natalidade, casamentos mistos, islamização, mídia, universidades, mudança e controle de leis/instituições e privilégios especiais concedidos aos mulçumanos.

Não é atoa que, em nossa geração, o Islã alcançou o status de segundo maior bloco religioso de todo o mundo, estando atrás apenas do cristianismo. Trata-se de um feito notável se considerarmos que, entre as maiores religiões do mundo (judaísmo, cristianismo, hinduísmo e budismo), o Islã é a mais recente, tendo cerca de 1.400 anos de história apenas, contra mais de dois mil anos de tradição do cristianismo, por exemplo.

Desse modo, não é exagero algum dizer que o Islã é o maior desafio já enfrentado pela Igreja de Cristo desde seus primórdios. Sua franca expansão evidencia isso! Todo esse plano de dominação religiosa global, tão bem articulado e executado, somente poderá ser revertido se a Igreja de Cristo se posicionar e pregar o Evangelho com poder, autoridade e solidez. Este é o único modo de não acabarmos como nossos irmãos em Cristo que um dia formaram a população do Oriente Médio e da África, mas que terminaram dizimados ou islamizados.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: Hitchock, Susan Tyler e Esposito John L.. História das Religiões: onde vive Deus e caminham os peregrinos. São Paulo: Editora Abril, 2005.

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