Ao pensarmos em Jihad as imagens em nossa mente podem transitar entre pontos de interrogação e figuras de bombas, homens armados e destroços. Rotineiramente associamos Jihad à “guerra santa” feita pelos muçulmanos. E ao assim fazermos não estamos de todo errados.
Originalmente o termo árabe, jihad, significa: empenho, esforço, gasto de energia pessoal. O estudioso islâmico Ibn Rushd divide Jihad em quatro tipos: Jihad pelo coração, Jihad pela língua, pela mão e pela espada. Os dois primeiros tipos pertencem à chamada “jihad interior”, os dois últimos à “jihad exterior”.
Jihad interior ou jihad maior é classificada como a luta de cada muçulmano travada em seu coração contra o ego, a cobiça, o mal. É ainda relacionada a todo discurso para comandar o bem e proibir o mal. A jihad exterior ou menor é aquele que emprega a força física, a batalha e combate.
Já conseguimos perceber que este é um termo amplo. Mas em resumo, significa que os muçulmanos devem se esforçar ao máximo e de todas as formas possíveis para tornar a palavra de Alá soberana e estabelecer a sua religião no mundo. Portanto, a da`wah (atividades de propagação do Islã – missão de expansão do islã) é a base da Jihad e seus princípios.
A maioria dos muçulmanos afirma que a Jihad exterior não é a mais executada e nem a mais incentivada, porém quando olhamos para textos de referência da religião islâmica, como o Alcorão e a Sunnah vemos que além da jihad interna, os textos determinam o combate físico contra os infiéis (não muçulmanos). A própria carreira militar do profeta Muhammad comprova o papel central da ação militar no Islã.
O tratado de Hassan Al- Banna, fundador da irmandade muçulmana, afirma que os versículos do Alcorão e da Sunnah convocam todos os seguidores de Alá para a Jihad, para a guerra, para as forças armadas, e todos os meios de terra e mar para a luta. É uma obrigação por Alá para a todos os muçulmanos e não podem ser ignoradas nem amenizadas.
A fraqueza da abstenção e evasão da Jihad são considerados por Alá como um dos grandes pecados e um dos sete que garantem o fracasso. O papel dos mártires é ressaltado como sendo uma posição de extrema honra diante de Alá. Na verdade, há toda uma teologia de recompensa para os soldados que morrem em combate pela causa de Alá e seu profeta.
Dentro do meio acadêmico e da jurisprudência islâmica a Jihad como combate é vista como obrigatória e deve ser garantida como meio de manter e expandir a força do islã. É considerada a força vital para o cumprimento da da’wa.
Vale ressaltar que em nenhum período da história os muçulmanos deixaram de lado a jihad ou foram negligentes em relação a ela. Havendo sempre seguidores prontos para combater, matar e morrer pela causa de Alá.
Fontes:
http://islamicsupremecouncil.org
http://www.islam-qa.com
http://www.brasileirosmuculmanos.net
http://infielatento.blogspot.com.br