“O problema da atualidade não é o radicalismo islâmico, mas o nominalismo cristão.”
(Joshua Lingel).
Uma frase forte que deve nos levar a refletir: a Igreja tem cumprido seu papel no mundo?
Vamos começar falando sobre o Islã. Os povos muçulmanos são o maior grupo que perece sem Cristo (é interessante falar que o que caracteriza um povo não é a religião; logo, os povos muçulmanos são muitos, em muitas culturas, nações, contextos e falantes de diferentes línguas). A cada 50 minutos, cerca de 1.200 muçulmanos morrem sem nunca terem ouvido a mensagem do Evangelho de Cristo. A cada 24 horas, 38 mil morrem nas mesmas condições. Em 1908 havia cerca de 230 milhões de muçulmanos no mundo. Hoje há mais de 1,8 bilhão de pessoas que se denominam muçulmanas. De acordo com a revista Exame, em 2050 a expectativa é a de que o islamismo se torne a segunda maior religião dos EUA.
Os dados são chocantes, mas, ainda assim, você pode estar se perguntando o porquê do Islã ser um desafio para nós, cristãos. O Islã, por definição, contradiz as bases da fé cristã, pois nega a Trindade, a crucificação de Cristo, a divindade de Cristo, a expiação na cruz e afirma ainda que a Bíblia é um livro corrompido. Outro agravante nessa situação é que estima-se que há apenas 1 missionário cristão para cada 420.000 muçulmanos. Quer mais uma informação? Vamos lá: os Batistas do Sul dos EUA são a maior organização missionária do mundo hoje e já enviaram mais de 130 mil missionários ao mundo. Entretanto, o que os Batistas do Sul investem em missões em um ano, a Arábia Saudita investe em apenas 3 dias na islamização do Ocidente. Apesar de tudo que o Islamismo tem feito para propagar sua fé, ouso dizer que esse não é o verdadeiro problema.
Agora, vamos pensar sobre a pergunta que fiz no início do texto: a Igreja tem cumprido seu papel no mundo? Poucos missionários são enviados; e, geralmente, eles não são bem treinados na evangelização de muçulmanos e nem de outras religiões. Poucos recursos são investidos para o sustento desses missionários. Poucas oração e ação são realizadas em relação à salvação de amigos e vizinhos muçulmanos perto de nós. O verdadeiro problema, então, não é o que o Islã está fazendo, e sim o que a Igreja não está fazendo. Os povos muçulmanos não conhecem um deus como o nosso Deus: amoroso, pessoal e próximo. Isso não deveria fazer nosso coração doer?
Como podemos mudar esse quadro? Primeiramente, precisamos reconhecer a nossa total dependência em relação ao nosso Senhor, Enviador e Maior Aliado nessa Missão de alcance aos povos: o próprio Deus. Nas Escrituras temos inúmeros versículos que nos levam a tentar miseravelmente mensurar o amor de Deus. Eu digo miseravelmente, uma vez que não conseguimos entender em plenitude, mas é esse amor que nos impulsiona e nos move. O Amor que nos alcançou nos leva a alcançar outros. O Amor que nos transformou nos dá a esperança de crer que ninguém é difícil demais.
De forma prática, a Igreja precisa de cristãos radicais, homens e mulheres de Deus que estejam dispostos a transformar todas as áreas da sociedade por meio do Evangelho, pois cristãos nominais não estão envolvidos com o término da Grande Comissão. A Igreja local, especialmente, precisa estar comprometida com treinamentos para evangelizar desde muçulmanos intelectuais até muçulmanos analfabetos, como também outros grupos religiosos, seja no cenário transcultural, como também no contexto do nosso próprio país e nossa cultura. Ser um verdadeiro discípulo de Jesus é um pré-requisito para levar outros a se tornarem discípulos de Jesus também. E, por fim, como corpo de Cristo, unidos pelo seu sangue, devemos cooperar todos juntos para que missionários sejam enviados e sustentados; e para que cristãos locais sejam capacitados para evangelizar povos não alcançados ao nosso redor. Como servos de Cristo, o amor deve ser a nossa marca. Então, Igreja, vamos amar os povos que estão perto e que estão longe não só com palavras, mas com ações; e assim a missão será concluída.
Nós, M3, ansiamos pelo dia em que estaremos diante do Cordeiro, juntos com pessoas de toda tribo, língua, povo e nação. Essa missão é de todos nós. Então, vamos juntos, por Cristo, aos muçulmanos e a todas as nações.