Nos últimos tempos os olhos de todos estão voltados para a realidade migratória que acontece no mundo, com seu alto índice de imigrantes e refugiados que tem se arriscado em perigosas travessias pelo Mediterrâneo, além de serem enganados por traficantes de pessoas que cobram altíssimos valores para transportá-los sem nenhuma segurança ou garantia de chegada ao destino. Buscando se refugiar no primeiro país que conseguirem entrar e terem asilo, tais pessoas têm se deslocado ao continente europeu em busca de melhores condições de vida.

Os números são vultosos, a contar do início de 2015 mais de 300 mil pessoas tentaram entrar na Europa. Conforme cálculo da Organização das Nações Unidas, cerca de 62% das pessoas que tentam chegar lá são refugiados com esperança de receber asilo em detrimento das perseguições ou conflitos de guerras.

Segundo o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) por volta de 60 milhões de pessoas em todo mundo estão deslocadas devido a conflitos armados e perseguições de diferentes tipos. Desse total, 19,5 milhões buscam asilo em outros países por isso são reconhecidos como refugiados.

É importante fazer-se a diferenciação entre imigrantes e refugiados. Os imigrantes são aquelas pessoas que saem de seu local de origem, podendo ser apenas em busca de trabalho, desejando melhorar de vida em outro lugar, ou fugindo de guerras, epidemias, catástrofes naturais, ambientais ou condições sociais e econômicas de extrema pobreza. Os refugiados estão relacionados à perseguição religiosa, étnica, racial ou política. A situação desses povos começa bem antes, nos bastidores da política interna e externa onde se articulam os interesses comerciais e fronteiriços, na ganância, na xenofobia, na intolerância e no fanatismo religioso. Em resumo, todo refugiado é um imigrante, mas nem todo imigrante é um refugiado. Podemos, então, dizer que os imigrantes de hoje que tentam alcançar a Europa são todos refugiados.

Mas a razão para que haja essa opção pelo “Velho Mundo” por parte dos refugiados, é pelo fato de acreditarem que nas terras europeias terão mais oportunidades de escolhas sobre onde ficarão. O principal motivo para isso tem sua origem em 1985, quando, muitos países europeus assinaram o Tratado de Schengen (cidade em Luxemburgo onde este foi assinado). Nesse Tratado, representantes europeus concordaram em tornar mais fácil e livre a circulação de pessoas entre as fronteiras dos países da região.

Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, são países ricos e que ficam geograficamente bem mais próximos à Síria, por exemplo, que tem hoje um dos maiores números de pessoas se deslocando, do que o continente europeu. Porém, conseguir permissão para entrar em um desses países da região do Golfo acaba custando muito caro e existem notícias de que autoridades estejam dificultando ainda mais o processo para fugitivos sírios conseguirem a documentação correta.

Referências:
– http://lounge.obviousmag.org/por_tras_do_espelho/2015/09/as-razoes-ocultas-por-tras-da-crise-migratoria-atual.html
– http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/150929_perguntas_crise_imigrantes_rm

-http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/09/1676793-saiba-quais-sao-os-conflitos-que-alimentam-a-crise-de-refugiados-na-europa.shtml

  1. 17 de agosto de 2016

    Quando estudamos historia, vemos relatos de refugiados e imigrantes, mais ainda hoje no seculo 21 ainda existir famílias deixando seus lares para fugir da guerra e admissível, tanto quanto ver países dificultando o processo de migração.
    Gostei muito da Materia..

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