Missões se tornou um movimento global que começou com a ação de Deus no mundo, pela sua graça, para reconciliar o mundo consigo mesmo (II Co 5:18,19) e Ele conta conosco para continuar com essa missão.

Com o passar das épocas, aconteceram grandes movimentos missionários e tempos atrás, sob o aspecto teológico, a Missão foi tratada apenas como subproduto do estudo da Igreja, eclesiologia. Nesse período o conceito adquirido sobre a forma de fazer missões era a prática de abandonar a vida secular (trabalhos profissionais, estudos e etc) para se dedicar integralmente aos ministérios somente dentro da igreja e poucos cristãos tinham o entendimento de levar a igreja pra fora dela junto aos afazeres diários.

Hoje, com a diversidade de trabalho que os campos missionários exigem, não somente na área eclesiástica (como pastor, capelão, educador cristão e ministro de música), mas também na área profissional (como empresário, professor, enfermeiro, médico, dentista, assistente social, dentre outras profissões), fez com que aumentasse o número de cristãos na busca de profissionalizar suas habilidades. Desta maneira as ações missionárias se tornaram mais eficazes e o missionário passou a ter seu próprio sustendo, ou parte dele, maior facilidade ao entrar e permanecer em países fechados ao Evangelho e mais oportunidades de aproximação com pessoas não-cristãs, através de trabalhos específicos. Enquanto prestam bons serviços, as oportunidades surgem para testemunhar a fé.

Ao fazer a leitura bíblica nos deparamos com o exemplo de Paulo que trouxe um termo missiológicoFazedor de Tendas (At 18:1-4). Paulo usou essa atividade como estratégia para expandir a mensagem de Cristo. Através de sua habilidade profissional podia se aproximar das pessoas de diferentes crenças e também ser seu próprio mantenedor. Paulo se tornou uma inspiração para os missionários que usam suas habilidades profissionais para servir ao Senhor em qualquer contexto, sendo local ou transcultural. É importante termos a clareza no entendimento que Deus nos envia a dar continuidade na história da salvação, trabalhar pelo Reino de Deus, sendo testemunhas de Cristo em todas as áreas das nossas vidas.

Poder trabalhar na área profissional e fazer disso uma porta de entrada do Evangelho em lugares nunca antes anunciado é um privilégio (testemunho de vida, ponte de contatos, menos custo, alcance evangelístico específico, realização profissional, abertura de novas oportunidades), e também um desafio (testemunho restrito, pouco tempo para se dedicar ao discipulado, preparo espiritual e teológico) que devem ser vivenciados como forma de aprendizado para a busca e o cumprimento eficaz da missão que Cristo nos ordenou.

Somos todos vocacionados para servir a Cristo com o que somos e com o que temos, sendo o objetivo principal glorificar o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27) dentro e fora da igreja. Tudo o que temos vem de Deus e deve ser usado para Sua glória!

Referências:
SEPAL E PORTAL DE MISSÕES. Fazedores de tendas – isso pode dar certo?. Disponível em: http://www.rodrigoqueiroz.com.br/artigos/153-fazedores-de-tendas-isso-pode-dar-certo.html
REVISTA ULTIMATO. Profissionais e missionários. Disponível em: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/277/profissionais-e-missionarios

ALEIXO GONÇALVES, Marcelo. Teologia e história da missão cristã. Unicesumar. Maringá-Pr, 2014, 233 pg.

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