É chegado o Natal! Um feriado cheio de significado para bilhões de pessoas no mundo, mas com significado nenhum para muitos outros bilhões. Mais especificamente para os muçulmanos, 1.8 bilhão de pessoas de acordo com estatísticas recentes, um dia vazio, que representaria talvez o nascimento somente de mais um de seus profetas.

Cerca de 6 a 7 séculos antes de Cristo, num contexto de dor e disciplina, um profeta israelita se levanta para anunciar os decretos de seu Deus. Um tempo em que o povo sofria, por seu pecado, na mão dos Assírios e um pouco mais a frente sofreria também na mão dos Babilônios, esses que representaram os grandes impérios do tempo antigo.

Uma profecia anunciava que chegaria um tempo em que “não haveria mais escuridão para os que estavam aflitos”. E então, séculos depois, o povo que caminhava em trevas “viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.”

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso.” (Isaías 9.6-7)

A Esperança chegou personificada no Jesus, carpinteiro, filho de Maria, que tirou o pecado do mundo e instituiu o Reino de seu Pai. Reino esse que era caracterizado por elementos como paz, justiça, alegria, amor ao próximo, proclamação da verdade, dentre outros. Um reino formado por um povo eleito, escolhido para ser santo e salgar a terra. Para assim como seu mestre, ser luz entre as nações. Um povo que conheceu a Deus através do Cristo e por essa razão, foi inserido num profundo relacionamento de paternidade e amor com o Pai. Um povo cheio de poder, habitado pelo Espírito Santo de Deus, apto a proclamar as boas novas de salvação para o perdido.

Esse povo cresceu, foi perseguido, se espalhou e logo no início da caminhada foi desafiado por deturpações da verdade, disseminadas por falsos profetas de suas épocas.

Cerca de 1.300 anos depois das profecias de Isaías e 6 a 7 séculos depois de Cristo, surge aquele, chamado Mohammad (Maomé), dizendo ter recebido revelações de um anjo, sobre a verdadeira religião. Com elementos das duas religiões monoteístas mais influentes, Judaísmo e Cristianismo, o Islamismo foi formado. Maomé requereu para si o título de profeta, o último enviado por Deus. E a partir do ano 610 d.C., várias revelações teriam sido lhe dadas através de Gabriel.

Surge então um novo deus. Apesar das influências judaico-cristãs, o deus árabe, Alá, estava longe de ser Iavé. O deus de Maomé não era nem de perto um deus de relacionamentos. Ao contrário, ninguém nunca teve contato com ele e ninguém nunca teria. Alá estava longe e assim continuaria por toda a eternidade. A esperança havia nascido 600 anos antes. Naquele momento, nascia apenas o medo.

O Jesus retratado pela revelação corânica (seu livro sagrado), Issa, era apenas um profeta. De forma alguma teria vindo tirar pecados e muito menos havia morrido de forma tão escandalosa como numa cruz. Era filho, sim, mas de dois jovens israelitas, nada divino.

Um dos milagres de Jesus no Corão foi dizer, ainda na manjedoura, que era “Issa, servo de Alá”. A personagem Issa do Corão nunca foi o Jesus das Escrituras Sagradas, o Filho de Deus. Assim como Alá de forma alguma pode ser comparado ao Deus de Israel, Iavé. O desconhecimento do verdadeiro Cristo leva esses quase dois bilhões de pessoas para ainda mais longe da possibilidade de salvação.

Tal realidade não significa apenas que parte do mundo não compartilha conosco da esperança do Natal. Significa sim que todos eles, assim como tantos outros, estão “caminhando a passos largos rumo a uma eternidade sem Cristo”. Estão condenados a passar a eternidade em sofrimento, sem o consolo do Criador.

Nesse Natal, ao olharmos para o bebê Jesus, que nasce trazendo esperança para nós, todos os anos, possamos lembrar daqueles que acham que o conhecem, mas ainda estão imersos na escuridão de suas almas, por não conhecerem a verdade. Precisamos contar aos muçulmanos, que Jesus é o Filho de Deus e que veio a nós para que tivéssemos vida e vida em abundância e que só através dele há salvação.

Jônatan Ribeiro

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