Previsto pelo Alcorão na Sura 4.24, a prática é explicitada em tempos de guerra – como a que os soldados do Estado Islâmico (EI) acreditam estar lutando. Eles não podem, contudo, usar muçulmanas para isso, portanto atualmente o leilão entre eles é com prisioneiras cristãs e yazidis, uma minoria religiosa do Curdistão.
A organização não governamental Humans Rights Watch relata que mulheres que serviram como escravas afirmam que crianças também são compradas e vendidas. Uma das edições da revista on-line Dabiq, publicada em inglês pelo EI, justifica o uso de mulheres “infiéis” como escravas sexuais. O artigo intitulado de A recuperação da escravidão antes da hora afirma que o EI restabeleceu a escravidão em seu califado. Nos leilões, o preço varia. Quanto mais nova, maior o valor pedido. Segundo o Daily Mail, existe uma espécie de tabela de preços.
Um documento apresentado pelo site IraqiNews mostra que o valor de venda das mulheres e dos despojos de guerra vem tendo uma diminuição significativa. Mas o EI impôs um controle dos preços, ameaçando executar quem viola as diretrizes.
O vídeo compartilhado na mídia mundial foi filmado em Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, de acordo com a Al Aan TV – que traduziu as falas para o inglês.
“Hoje é dia de mercado de escravas sexuais”, afirma diante da câmara um homem barbudo não identificado, cercado por vários outros combatentes. “Hoje é dia da entrega”, acrescenta. “Com a permissão de Alá, cada um de nós terá a sua parte”, garante.
Em pouco mais de dois minutos, eles riem e fazem piadas sobre as mulheres. Embora nenhuma delas seja mostrada, há menções que muitas têm apenas 15 anos de idade. Quando falam sobre o preço, um deles compara uma moça com o valor de uma pistola Glock usada. Outro diz que o negócio só será fechado depois que ele olhar os dentes da prisioneira.
Os militantes avisam que mulheres bonitas e de olhos azuis ou verdes custam mais caro. Um dos combatentes explica que isso “está escrito”, numa referência ao Alcorão. Outro esclarece que está procurando uma “menina”. Há inclusive um adolescente no vídeo, que parece familiarizado com o processo. No final, eles parecem olhar fotos em um celular, mas sem esclarecer onde elas estão. Ao demonstrar interesse por uma delas, ouve que aquela já morreu. Ele apenas ri.
Segundo dados de especialistas da Universidade de Oklahoma, o número de mulheres capturadas por militantes do Estado Islâmico pode ser de sete mil.

Fonte: lagoinha.com

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